sábado, 31 de janeiro de 2009

osb e osesp abrem seu íntimo

anteontem, a orquestra sinfônica brasileira lançou sua temporada 2009. encontro com a imprensa no hotel copacabana palace, o mar quase entrava janelões adentro.

um (literal) círculo de conversa com o maestro roberto minczuk, luiz benedini e ricardo levisky - estes últimos diretores executivo e de marketing da osb -, além da administradora artística rosana martins.

ontem, a orquestra sinfônica do estado de são paulo reviu sua temporada 2009, a primeira sem neschling.

selecionou alguns jornalistas para entrevistas reservadas com o primeiro escalão da fundação que a administra - fernando henrique cardoso, pedro moreira salles, luiz schwarz e darin milling. o cenário? sala camargo guarnieri, no próprio edificio-sede, a imponente sala são paulo.

em 24 horas, as duas principais orquestras do país disponibilizaram-se para mostrar seu íntimo a poucos escolhidos. coincidência ou sincronicidade?

a hora é essa. façam-se as perguntas.

fiz as minhas e fiquei satisfeita com as respostas. publiquei quase todos os pontos que juntei da osb e da osesp .

2 comentários:

  1. Heloisa,
    Sincronicidade, e, talvez, coincidência.
    Respeito muito Fernando H. Cardoso, na qualidade de intelectual.
    Porém, esse blá-blá-blá dele, típico de político, para demonstrar, e, não consegue, que a demissão do Maestro Neschling foi técnica e não política, não leva a nada porque não é verdadeira.
    Perda de tempo com politicagem, porque o leite já foi derramado, como sempre acontece com os aconchegos políticos deste país.

    ResponderExcluir
  2. Pois é Heloisa...

    Eu infelizmente não me senti satisfeito com o que foi falado...

    Acho que algumas coisas foram feitas de modo tão questionável que seria impossível me sentir tranquilo com qualquer explicação dada pelo conselho.

    Aliás, algo que ainda não entendo, como um conselho formado por gente que lutou pela redemocratização no país pode demitir alguém pq. falou num jornal? Temos que admitir que vivemos no país do “Fique Calado e Aproveite”??? Não queria acreditar nisso, mas quando vejo que essa atitude tem sido amplamente aceita como a pensar que os nossos administradores tem motivo para fazer o que bem entenderem com nossas instituições culturais.

    Dizer que Neschling não aceitou a forma como seria feita a escolha do novo regente... que ele achava que deveria participar da escolha, não me parece motivo para punir alguém que teve a vida intrinsecamente ligada a uma instituição da demissão dessa instituição por emitir sua opinião para alertar a sociedade sobre algo com o qual ele não concordava. Isso realmente assusta, principalmente pq. a forma como foi feito lembra muito mais um golpe de estado do que uma sucessão... e sempre lembramos que quando golpes de estado foram dados os seus executores diziam que seria para o bem do país e raramente isso é verdade.

    Alardear Tortelier como o novo regente titular interino, tb. me parece fantasioso. Como é que alguém pode ser um regente interino se numa temporada de 42 semanas esse regente estará na orquestra por apenas 9 (incluindo aqui uma semana de gravação)? Alguém consegue estabelecer liderança com um período tão curto a frente da instituição? Eu duvido... então, na verdade acho que o que teremos são uma série de regentes convidados, sendo um deles um convidado de luxo com 8 programas e uma gravação. Dois anos sem um titular pra valer... a orquestra conseguirá se manter no mesmo nivel?

    Isso sem falar no fato de ignorarem completamente o publico. Em todas as pesquisas ou enquetes que você consultar o publico se mostra contrário e revoltado com essa situação. Mas o publico foi ignorado nessa situação.

    Enfim existem ainda muitos questionamentos que precisariam ser respondidos... Infelizmente, não acredito que teremos respostas, então a solução é aguardar e torcer para que tudo dê certo.

    ResponderExcluir