quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

neschling nas manchetes












para quem acompanha o mercado, não foi surpresa a demissão do maestro john neschling. a crônica de sua demissão estava anunciada há alguns meses.

com uma língua visivelmente inquieta, neschling morreu pela boca.

o regente foi várias vezes à imprensa paulista no ano passado para externar mágoas e raiva com a sucessão que ele mesmo precipitou na orquestra cuja história reescreveu.

"a manifestação pública de vossa senhoria deixa poucas dúvidas quanto à possibilidade (...) de uma convivência harmoniosa (...), evidenciando conduta indesejável e inconciliável com o desempenho de suas atribuições", diz a carta de demissão assinada por fhc, o ex do brasil e presidente da fundação osesp. a íntegra do texto está ém http://www.osesp.art.br/noticias/detalheNoticias.aspx?codConteudo=313

se neschling foi superlativo em idealizar um projeto sinfônico sem precedentes na america latina (“meu projeto é tão ambicioso em termos artísticos e estruturais que é preciso encontrar a fórmula legal e financeira para realizá-lo”, dizia-me ele em entrevista para a antiga revista vivamúsica!, em março de 1997, dois anos antes da sala são paulo ser inaugurada), superlativa foi a repercussão de sua demissão.

quando, nos últimos dez anos, uma demissão de maestro foi notícia de primeira página nos principais meios de comunicação brasileiros?

assinalei de amarelo nas imagens acima o destaque que o pai de pedro e marido de patricia teve no noticiário on-line desta noite de mudança.

um processo sucessório orquestral ocupar todas as manchetes de noticário nacional é indicativo que a sociedade brasileira quer e precisa acompanhar o setor de música clássica.

7 comentários:

  1. Olá Heloisa,

    Gosto demais de seus comentários na CBN e tenho concordado com tudo o que você vem falando a respeito da saída do Maestro John Neschling.

    A única coisa que não concordo é com o “morre pela boca”, acima, aliás já vi outras pessoas falarem sobre isso... que ele deveria ter ficado calado. Na realidade se pensarmos bem, eu acho que só temos uma orquestra como a Osesp, justamente pelo temperamento do regente.

    Será que poderíamos esperar que ele permanecesse passivamente, sem emitir qualquer opinião sobre o andamento das coisas, apenas vendo as pessoas que não tem o mesmo conhecimento que ele tomarem decisões que influenciarão o futuro do projeto em que ele esteve envolvido de corpo e alma nos últimos 12 anos e do qual foi totalmente excluído?

    Eu acho que não, Heloisa. É como já disse... acho que se ele fosse desse tipo, que aceita tudo calado, dificilmente teriamos conseguido uma orquestra como temos hoje. Ele não concordava com a ação daqueles que estavam tomando as decisões. Tentou alertar a sociedade e foi punido por isso, lamentavelmente.

    Torço para que continuem com o projeto da melhor maneira possivel, e não apenas nos próximos 2 anos, que aliás, acredito transcorrerão da melhor forma, mas depois disso... no final de 2010, quando teremos o fim de contrato da Fundação com a Secretaria de Cultura e o fim do contrato de vários conselheiros com a fundação, além, é claro, da troca de governo. Se a orquestra sobreviver intacta a esse período, já me dou por feliz.. mas acho bastante improvável, uma vez que o único que dava a face para bater nos jornais, para defender um projeto, foi retirado de seu posto no ultimo dia 20.

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  2. O sonho de se fazer uma orquestra de renome internacional a QUALQUER PREÇO, esta foi a proposta de Nechling. O pior é que o fato de ter uma orquestra de renome não modifica a qualidade do ensino musical, nem a cultura musical brasileira, nem a situação do músico em nossa sociedade. Para piorar mais ainda, o repertório é extremamente conservador, não incentivando nem um pouco produção musical nacional, cumprindo apenas a função de museu, onde são executadas obras principalmente dos séculos XVIII e XIX.
    Nechling disse, em entrevista, que a Osesp é a única orquestra que funciona no Brasil. Isso é um pouco óbvio, já que com bastante dinheiro (o suficinete para contratar muitos músicos estrangeiros) e boa administração é possível criar uma orquestra tão grande até no meio da Floresta Amazônica(sem referência ao filme Fitzcarraldo). A pergunta é porque e para quem? O porquê atual é um projeto megalomaníaco que visa ter como público a elite burguesa paulistana.

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  3. Parece que o anônimo acima desconhece completamente tudo o que aconteceu na Osesp nos últimos anos.

    Dizer que o sucesso da Osesp não mudou nada no panorama musical brasileiro, inclusive dos musicos, vai de encontra inclusive, ao que os críticos do maestro admitem. Que o desenvolvimento que tem ocorrido na musica nos últimos 10 anos se deve justamente a Osesp. Isso sem falar na valorização dos musicos, coisa impensável antes de Neschling e seu grande trabalho.

    Pior ainda, dizer que a Orquestra não abre espaço para repertório moderno e brasileiro, quando nos últimos 10 anos a orquestra não só apresentou obras de compositores como John Adams, Maxwell Davies, Penderecky, John Corigliano, Taekemitsu, entre muitos... muitos outros, como retomou a encomenda regular de obras a compositores brasileiros lhes dando uma visibilidade que infelizmente não teriam num país que trata tão mal os seus musicos.

    E para completar a questão sobre musica brasileira, basta citar o redescobrimento da obra de Camargo Guarnieri e Cláudio Santoro, além de apresentar em gravações da mais alta qualidade a obra de Villa-lobos elogiada e premiada pelas principais publicações no mundo.

    Enfim, qualquer um pode escrever o que bem entender, mas os fatos que geraram o renascimento da musica clássica nos últimos 10 anos, são incontestáveis e todos os que vivem de musica nos próximos anos, sem duvida, devem muito a essas conquistas.

    E aqui falo, não escondendo afirmações equivocadas através do anonimato, mas como um freqüentador assíduo que teme muito sobre o futuro de uma orquestra que não terá direção nos próximos 2 anos.

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  4. se analisarmos bem o planejamento para a temporada 2009 da Osesp podemos compreender o que eu quis dizer na mensagem anterior. O primeiro levantamento que fiz foi em relação à frequência de obras brasileiras e frequência de obras estrangeiras no repertório da orquestra. São 10 compositores brasileiros que constam neste planejamento: Guarnieri (2 obras), Marcus Siqueira (1 obra), Alberto Nepomuceno (1 obra), Claúdio Santoro(1 obra),Henrique Oswald(1 obra),Almeida Prado (1 obra), Villa-Lobos (3 obras), Marlos Nobre (1 obra),Luciano Gallet (1 obra) e Francis Hime (1 obra). Só para alguns grandes compositores do passado: Mozart (15 obras), Beethoven (8 obras) e Joseph Haydn (6 obras). Não preciso destacar o fato de que Mozart tem mais obras executadas que todos os compositores brasileiros juntos, preciso?

    Poderíamos fazer muitos outros levantamentos, como, por exemplo, entre o número de solistas brasileiros e o número de solistas estrangeiros, entre o número de obras de compositores vivos e falecidos, entre o número de obras pré tonais, tonais e pós-tonais, mas ando com pouco tempo para isso.

    Tenho agora algumas perguntas: onde estão as encomendas de obras para compositores brasileiros? Onde estão os compositores brasileiros residentes? Onde estão os concursos de composição? Simplesmente não estão. Sem orquestras que se destinam a

    executar obras atuais, para que serve ter uma orquestra que está entre as "melhores do mundo"? Para a diversão, principalmente da elite financeira, não da elite cultural.

    Não se pode construir uma sólida cultura musical sem uma grande interação entre compositores, intérpretes e o público, além
    de uma educação musical de qualidade nas escolas, para todas as pessoas, e um ensino musical técnico também de qualidade nos
    conservatórios e universidades. Importar intérpretes que não lecionam em nosso país não resolve este problema.

    Quanto a questão da Osesp ter redescoberto as obras de Guarnieri e Santoro reconheço que tem uma validade para a cultura brasileira, se tratando da pesquisa de obras do passado, assim como precisaríamos fazer com muitos outros compositores, de José Joaquim Emerico Lobo de Mesquita até o século XX.

    Quanto a Villa-Lobos, se tratando de um dos grandes compositores da história da música erudita brasileira, ainda tem muito a se fazer, já que o número de obras deste compositor executadas corresponde a um quinto das obras de Mozart.

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  5. Sim, mas se você pegar a temporada da Filarmônica de Nova York ou mesmo da Filarmônica de Berlim vai ver exatamente a mesma coisa. Acompanho com mais atenção a temporada da Orquestra da Rádio Bávara e posso, se quiser encaminhar o programa da temporada 2008/2009 deles. De qualquer forma a temporada leva em consideração o publico da sala que quer ver compositores novos, mas tb. deseja ver os grandes mestres do passado. Este ano, se não cancelarem a vinda dela, teremos Gubaidulina na Sala São Paulo, como tivemos Maxwell Davies no ultimo ano, John Corigliano a dois anos atrás e Pendrecky a 3 anos. Para ouvir apenas compositores modernos só criando uma orquestra para esse fim, como fez Boulez.

    Sobre um maior numero de compositores estrangeiros em relação a Brasileiros, tb. me parece obvio que o numero corresponde a proporção de obras a disposição no repertório mundial. E mesmo assim, acredito que o redescobrimento dos brasileiros para a Osesp, possibilitou ao publico, não só do Brasil, o reconhecimento de valores que antes desse trabalho ficavam restritos a grupos mínimos de especialistas e aficionados.

    Agora não é possivel que esteja sendo questionado a encomendas para compositores brasileiros... coisa praticamente inexistente a pouco tempo atrás e quando havia não permitia praticamente nenhuma visibilidade a seus autores, coisa que não acontece agora. Este ano teriamos a estréia e a gravação de um concerto de Francis Hime para violão, ao vivo, com a participação de Fabio Zanon, espero que não cancelem. Gilberto Mendes, que lamentou a saída do maestro, dizendo que aquele era o principio do fim, demonstra claramente esse reconhecimento. Além do grande mestre santista, podemos citar João Guilherme Ripper, Marlos Nobre, Flo Menezes, Nelson Ayres, entre muitos outros...

    Falar de Elite é outro argumento vazio que normalmente aqueles que não conhecem a freqüência da Osesp costumam levantar, mas basta ir a um concerto num sábado para ver que ali, não está a “Elite”, coisa muito diferente do que acontece com os proibitivos concertos das temporadas internacionais. Ali está um publico que estava sendo formado... sou voluntário e trabalho com atendimento e posso afirmar que trata-se de um publico interessado e curioso, que nunca teve acesso a algo de tanta qualidade artistica e que está preocupado com o futuro.

    Certamente a redescoberta de nossos mestres não poderia acontecer em tão curto espaço de tempo. Não poderíamos ter 300 anos de musica corrigidos e devidamente apresentados em 12 anos. Mas isto está sendo feito de uma maneira que jamais aconteceu. Hoje o publico tem condição de adquirir, por exemplo, os Choros do Villa, com uma qualidade impensável até pouco tempo. Existe muito a ser feito? Sim, sem duvida... e se não interromperem os projetos existentes isso vai continuar ao longo dos próximos anos.

    Mais uma vez a comparação entre nomes estrangeiros e brasileiros é feita de maneira inadequada, uma vez que o repertório mundial é muito maior que o nacional. A osesp é uma orquestra que executa esse grande repertório e não uma orquestra dedicada exclusivamente a musica brasileira. Isso pode até ser pensado para uma orquestra criada especificamente para esse fim, mas não para uma orquestra de grande repertório. Só como exemplo do que é uma orquestra de grande repertório basta citar novamente a Filarmônica de Nova York em seu concerto de ano novo que apresentou obras de Verdi, Mozart, Lehar, Rossini, Saint Saens, Brahms, Offenbach, Bizet, de Falla... Será que alguém questiona o fato da Filarmônica de Nova York não ter apresentado absolutamente nenhuma obra de compositores Norte Americanos? Acredito que não, pq. esse tipo de preocupação está longe de ser algo realmente relevante, quando um trabalho de seriedade e reconhecimento inquestionável é desenvolvido.

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  6. Em nenhum momento disse que o trabalho que está sendo feito falta seriedade ou que é de baixa qualidade, só estou alertando para a discrepância entre o número de obras estrangeiras e o número de obras nacionais, além da falta de obras atuais e de algumas vertentes da música do século XX.

    13 obras de compositores brasileiros em um ano, sendo uma encomendada pela própria orquestra, um compositor residente por ano, (todos até agora estrangeiros) em uma temporada de aproximadamente 50 concertos por ano é SIM muito pouco, já que muitas vezes são apresentedas 3 ou mais obras em um único dia. Essa história de que existem poucas obras brasileiras no repertório é uma mentira das grandes, além de ser uma ofensa a todos os compositores, vivos ou não, que vivem ou viveram em nosso país. Simplesmente não existe o interesse em tocar estas obras, pois para executar uma obra inédita exige um grande trabalho, muitas vezes de revisão das partituras, como fez o regente brasileiro Roberto Duarte, que revisou e gravou diversas obras do Villa com a Orquestra Sinfônica da Techoslováquia, entre elas Gênesis, Erosão, Amazonas, Alvorada na Floesta Tropical, Rudá, etc....

    Não estou dizendo que a orquestra deve SÓ tocar música brasileira antiga, ou SÓ tocar música de compositores atuais, mas TAMBÉM tocar, incluindo em seu planejamento uma divisão igualitária entre os compositores do passado, descobertas de obras históricas brasileiras e compositores vivos, além de uma maior valorização das diversas estéticas musicais que surgiram a partir do sécúlo XX, pois ainda não vejo no repertório da OSESP obras de Schoenberg (com exceção de seu op.4), Webern, Alban Berg, Varese, Scriabin, Messiaen,etc., já que estes são grandes mestres do passado também e o público brasileiro, na minha opinião, merece conhecer.

    Você pode me dizer que a finalidade da orquestra não é esta, que é tocar o grande repertório (ou seja, ser um museu). Eu já digo que a finalidade também poderia ser esta, já que nossos compositores muitas vezes estão atuando no exterior ou lecionando nas universidades. Quanto a comparação com outras orquestras estrangeiras, que cumprem esta função de executar o grande repertório (museu) como as que o senhor citou, é importante destacar que nestes países existem muitas outras orquestras que cumprem esta outra função de executar obras atuais, que encomendam obras com muita frequência e que possuem compositores residentes.

    OBS: Eu já conhecia os Choros 12 e 7 das gravações da Oruqestra Filarmônica de Liége, o Choros 6 com a Orquestra Petrobrás Pró Música, além de muitas outras obras que tenho gravações, como as sinfonias 1,3,4,6,8,9,11,12 e Suite para Cordas (gravadas pela Radio Sinfonieorchester Stuttgart), O Concerto para gaita e orquestra(Orquestra de Nova York), os 5 concertos para piano (Royal Philarmonic Orchestra), os Concertos para Cello e Orquestra nos. 1 e 2 e a Fantasia para Cello e Orquestra (Orquestra Sinfonica de Galicia), etc. Isso só para citar algumas das obras de Villa-Lobos, sem contar sua produção para câmara.
    Poderia fazer ainda uma lista das gravações que tenho de Joaquim José Emerico Lobo de Mesquita, Padre José Mauricio, Guerra-Peixe, Claudio Santoro, Marlos Nobre, Edino Krieger, Almeida Prado, Ronaldo Miranda,Francisco Mignone, Alberto Nepomuceno,Carlos Gomes, só para citar já consagrados.

    Sendo que existem gravações das obras destes compositores no mercado, também existem suas partituras e elas também podem e devem ser executadas!

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  7. É difícil argumentar com quem não quer enxergar a realidade das temporadas das grandes orquestras... Como eu já falei, talvez seja interessante verificar, antes de criticar a temporada da Osesp, com a da Filarmônica de Nova York ou de Berlim.

    A proporção de obras nacionais, e contemporâneas é muito maior na Osesp.

    E você fala que não se pode comparar a Osesp com essas grandes orquestras pq. nos países existem orquestras especializadas em musica contemporânea. Me desculpe, mas aí o erro não é da orquestra, mas de não existir mais grupos sinfônicos no Brasil. Não se pode culpar uma grande orquestra e obrigá-la a tocar apenas musica contemporânea ou brasileira, privando o publico brasileiro de ouvir execuções decentes de obras importantes na história da musica, pq. existe uma deficiência na atividade musical da cidade.

    A Osesp apresenta SIM compositores Brasileiros e Contemporâneos... Só não enxerga isso quem não quer.

    Falar que não vê obras de Schoenberg, Messiaen, Alban Berg, mais uma vez demonstra um desconhecimento sobre o que é programado na temporada. Esses são compositores que se alternam nas temporadas da Osesp... basta consultar a programação para verificar isso... Vi, por exemplo, uma interpretação da Sinfonia Turangalila de Messiaen, simplesmente extraordinária, com regência do Yoram David. O Concerto de Câmara de Alban Berg, recebeu tb. uma interpretação eletrizante. Ano passado tivemos uma grande quantidade de compositores do Séc. XX, sendo que 3 óperas desse período foram apresentadas.... Agora... se só vai programar obras contemporâneas, então é melhor seguir a sugestão que dei na mensagem anterior e fazer como Boulez, que criou a própria orquestra.

    Falar que só recebemos estrangeiros? Mas é um absurdo que se reclame disso. Se reclame de que trazemos grandes nomes da composição mundial para o nosso país. Onde aliás, eles podem estabelecer contato com os compositores nacionais.... E falar de compositores nacionais? Na mensagem anterior já fiz uma lista de apenas alguns nomes que já compuseram obras para a Osesp... Se quiser uma lista maior, eu depois posso tentar enumerar todos os compositores que já escreveram para Orquestra.

    Agora, se mesmo assim, você quiser continuar negando, aí não há o que se fazer.... paciencia...

    Pergunte a qualquer um do publico que frequenta salas de concerto, se conhece essas gravações que você mencionou. Eu conheço e tenho várias delas, mas pergunte isso a alguém no Brasil... ou se preferir... a alguém no exterior, veja se alguém conhece.... Agora pergunte sobre os CDs que foram gravados pela Osesp e que receberam Vários Diapasons d´or e indicações da Gramophone. E aí não só no Brasil, mas no resto do mundo tb. Essa é a diferença... Não adianta absolutamente nada você apenas registrar, se esse registro não suscita nenhum interesse no publico, apenas de especialistas... Isso sim é coisa de Museu... Registrar, por registrar... sem causar interesse do publico e da critica. Agora, posso apostar que apenas um dos CDs da Osesp que ganhou o Diapason D´or do Villa já deve ter vendido mais do que todos os outros que já haviam sido lançados até hoje (Isso tirando aquela caixa com aquela regência constrangedora do próprio Villa).

    Sem, duvida existem essas partituras.... infelizmente muitas estão com tantas falhas que são quase que impraticáveis para boa parte das orquestras do mundo. Esse é um dos motivos de não programarem tanto obras brasileiras no exterior. O péssimo estado em que elas estão. Coisa que vem sendo corrigida com a editora que Neschling criou para manter e recuperar essas obras. Aliás, ano passado tivemos um Nepomuceno que foi completamente restaurado. A respeito disso, eu tenho um áudio de Antonio Meneses comentando esse trabalho, se quiser, meu caro Anônimo, posso lhe enviar para ouvir um dos musicos mais importantes desse país a esse respeito.

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