orquestras organizam suas temporadas de concertos em séries, geralmente vendidas por assinatura. isso é praxe na música clássica e não traz novidade.
chama a atenção uma particularidade recente do ambiente sinfônico brasileiro: os nomes escolhidos para batizar as séries das orquestras.
em são paulo, árvores. no rio, pedras preciosas e uma pintora. em belo horizonte, andamentos musicais.
será que a escolha da nomenclatura traz embutida alguma mensagem?
osesp, pulmão do brasil sinfônico
jacarandá, pequiá, ipê, cedro, araucária, mogno, carnaúba, paineira, imbuia, pau-brasil, sapucaia e jequitibá.
faz todo sentido a escolha das árvores brasileiras para as séries da orquestra sinfônica do estado de são paulo, a principal do país. alguém duvida que a osesp oxigena a biodiversidade musical brasileira?
osb, arte da ourivesaria
ametista, turmalina, ônix, topázio e safira.
pedras preciosas brasileiras foram boa escolha para nomear as séries da orquestra sinfônica brasileira. o momento atual da osb é mesmo de lapidação de uma jóia musical.
opes, brasileira como djanira
até ano passado, a orquestra petrobras sinfônica usava "ouro negro" para classificar sua principal série de assinaturas - referência evidente à matéria-prima de seu patrocinador.
em 2009, a opes optou por homenagear a pintora paulista djanira, com as séries djanira 1, djanira 2, djanira 3, djanira 4 e djanira 5. a brasilidade e simplicidade características da artista aplicam-se também à orquestra?
ofmg, molto vivace
allegro e vivace são as duas principais séries de concerto da filarmônica de minas gerais.
escolha bastante pertinente, já estes andamentos musicais alertam para os resultados cada vez mais velozes do grupo criado há pouco mais de um ano.
quarta-feira, 11 de março de 2009
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Eu e os mais de 700 assinantes acompanharam de perto essas duas séries velozes...
ResponderExcluirE ainda esperando pelo Presto!!!
Ótimo blog.
Adonay, músico, Belo Horizonte