quinta-feira, 3 de junho de 2010

tosse em concertos merece reflexão

fui ontem ao concerto de nelson freire com petrobras sinfônica na rio folle journée. ele tocou o segundo de chopin (compositor homenageado pelo festival-maratona este ano) e, depois, a orquestra fez a quarta sinfonia de schumann.

só consegui ver a performance de nelson e, ainda assim, meio desconcentrada.

quase toda minha atenção dirigia-se a controlar a tosse que me aflige desde domingo, fruto do vento do mar de copacabana durante concerto do projeto aquarius.

no início da sinfonia, tive de sair da sala para tossir e não consegui mais voltar.

sentei nos sofás redondos do hall de entrada do municipal - antes amarelos, pós-reforma eles agora são verdes -, onde fiquei por alguns bons minutos apreciando detalhes do restauro do teatro, enquanto meus amigos apreciavam o schumann de isaac karabtchevsky.



salas de concerto costumam reunir incomum quantidade de pessoas com tosse. vá ao teatro ou a uma sessão de cinema e o número de gente tossindo não é tão grande.

todos temos nossos dias de gripe e resfriado, especialmente nos momentos mais frios do ano. muitas vezes estes dias coincidem com concertos imperdíveis, como era o caso de ontem.

mas, sei não, acho que a tosse nos concertos merecia uma reflexão mais aprofundada, seja por um antropólogo, seja por um pneumologista.

2 comentários:

  1. Ainda bem que existem pessoas como você, que se preocupam em não incomodar a audiência, mesmo com algo involuntário como uma tosse.

    Neste fim de semana, em um concerto do Duo Milewski, na Casa da Ópera (Ouro Preto), tive de esperar um intervalo para mudar de lugar, sem incomodar com o os meus passos sobre a madeira.

    A mudança me foi forçada por uma japonesa que, não contente de ter chegado atrasada aos camarotes, resolveu apresentar, em japonês, o teatro aos seus dois colegas.

    Agora a parte boa. O concerto foi lindo, havia muitas crianças, todas atentas, e Milewski a elas dedicou músicas.

    A propósito, aproveito para dizer que adorei saber que você mediou um debate sobre ensino de música nas escolas. Ouvi esse boletim, ao vivo, na CBN, mas não podia comentar na hora.

    No mais, sucesso, Heloísa.
    Abraço,
    Eliane

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  2. Heloisa,

    Que tal você escrever sobre as suas viagens com o Democlássicos aqui?

    Eu ia adorar ler.

    Um beijo,
    Eliane Lordello

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